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Caso H.M - VIII - 5,5-diphenylimidazolidine-2,4-dione

Fenitoína (Dilantina) Nomenclatura Usual (IUPAC): 5,5-diphenylimidazolidine-2,4-dione Indicação Para que serve? Fenitoína comprimidos, Fenitoína solução injetável é indicado para a maior parte das formas de epilepsia, para o tratamento de crises convulsivas durante ou após neurocirurgia, crises tônico-clônicas generalizadas e crise parcial complexa, em adultos e crianças. Fenitoína suspensão oral, além das indicações anteriores, também pode ser utilizada para o tratamento da enxaqueca, de dores do nervo trigêmio na face, de delírios e alucinações, de alterações do ritmo do coração, na intoxicação por digitálicos e no tratamento pós-infarto do miocárdio. Posologia Como usar? ​Fenitoína comprimidos Adultos: a dose recomendada é de 1 comprimido, 100 mg, 3 vezes por dia. Caso seja necessário, esta dose pode ser aumentada para 2 comprimidos, 200 mg, tomados 3 vezes por dia. Crianças: a dose recomendada para crianças com mais de 6 anos de idade é de 1 comprimido, 100 mg, 3 vezes por dia. Ao

Caso H.M - VII - The Untold Story of Neuroscience’s Most Famous Brain

Em 1953, um neurocirurgião cortou dois pedaços do cérebro de um paciente. A cirurgia melhorou a epilepsia do paciente, mas o deixou incapaz de formar novas memórias. COMO O MAIS FAMOSO paciente na história da neurociência, Henry Molaison – ou HM, como era conhecido entre os cientistas – era famoso porque seu cérebro era defeituoso*. Ao contrário dos outros pacientes, o seu caso não foi um acidente, mas o trabalho deliberado de um cirurgião. Em 1953, um neurocirurgião sugou dois pedaços do cérebro de Henry, na esperança de curá-lo da epilepsia. A cirurgia ajudou as convulsões, se não completamente, mas fez com que Henry fosse incapaz de formar novas memórias. (Parece familiar? Ele também foi a inspiração para o filme Memento .) Basicamente, isso o congelou no tempo, com um estranho déficit de memória que acaba esclarecendo mais sobre como a memória funciona do que qualquer outro caso na história. O neurocirurgião que involuntariamente deu esta contribuição à ciência da memória foi o avô

Caso H.M - VIII - O PACIENTE H.M.

O PACIENTE H.M. Por trás dessas duas iniciais, a história de um filho de eletricista cujo cérebro recebe cuidados semelhantes aos de Einstein Ana Carolina G. Pereira |Edição 28, Janeiro 2009 Em 2 de dezembro de 2008, o cidadão americano Henry Gustav Molaison, recostado numa cama da clínica Bickford, no estado de Connecticut, passou “sua última tarde como ele mesmo”, como escreveu o poeta W.H. Auden num verso de Em Memória de W.B. Yeats. Só que o paciente octogenário, ao contrário do irlandês William Butler Yeats, não sabia o que era ser ele mesmo. Molaison passou dois terços de seus 82 anos sem saber exatamente quem era. Conhecido na comunidade científica apenas pelas iniciais, para ter a privacidade preservada, H.M. ficou preso involuntariamente ao passado devido a uma trágica experiência que lhe sonegou o presente e o futuro. Em compensação, deu à ciência várias chaves do conhecimento da memória. Após trinta anos acompanhando o paciente, a dra. Brenda Milner ainda tinha que se aprese

Caso H.M - VI - H.M. The brain that changed everything

O renomado anatomista Jacopo Annese foi o responsável pelo fatiamento do cérebro do Sr. Molaison após sua morte. Annese e seus colaboradores desenvolveram um projeto para a preservação do cérebro do paciente HM . Curiosamente, esse projeto foi proposto a financiadores antes do falecimento de Henry, que ocorreria em 2008. Muito se aprendeu com os erros de conservação do cérebro de Albert Einstein. Annese e sua equipe perceberam, na análise, que os hipocampos de Henry não foram completamente removidos (parte posterior). Provavelmente isso se deu por conta do grau de dificuldade da cirurgia. Havia uma lesão antiga no lobo frontal (E) provavelmente causada pelo manuseio instrumental durante a cirurgia de Henry (Síndrome de desconexão). O curioso é que Annese cogitou a possibilidade de a lesão ter sido realizada durante a retirada do cérebro de HM, mas a lesão tinha características mais antigas. Observaram-se, já nos processos de coloração citológica, manchas de Campbell Switzer no lobo

Caso H.M - V - Luke Dittrich em entrevista 20/09/2016

H.M. é um dos temas humanos de pesquisa mais importante e estudado de todos os tempos. Ele revolucionou o que sabemos sobre a memória hoje devido à amnésia que desenvolveu após uma lobotomia em 1953 para tratar a epilepsia grave que desenvolveu após um ferimento na cabeça sofrido no início da vida. A lobotomia foi uma cirurgia popular nas décadas do pós-guerra dos anos 1940 e 1950. Os médicos sabiam pouco sobre o cérebro ou como suas estruturas controlavam a emoção e a memória, a lobotomia e outras terapias, como a "pirototerapia", que induzia febre alta, podem soar desumanas para o ouvido moderno, mas eram consideradas as melhores do que se conhecia naquele tempo. Ainda havia muito a ser descoberto sobre o funcionamento do cérebro em 1950, e o Hartford Hospital e o Institute of Living estavam na vanguarda da experimentação. Médicos ambiciosos como William Beecher Scoville, de Hartford, e Charles Burlingame, do Instituto, estavam ansiosos para promover a pesquisa médica e dei

#002 - Dia regado a noraepinefrina

 03/03/2024 20:09 Dormi mal essa noite. Meu dia não rendeu muito. Estava irritadiço. Dormir bem é absolutamente necessário. Hoje tentarei ir mais cedo para cama (23h no máximo para acordar 06h). Outro fato interessante é que por questões de trabalho não treinei hoje. Fui fazer um lombo de porco assado agora a noite. Estava irritado, sem foco. Fiz aos trancos e barrancos, mas fiz, porém, hoje eu dei prioridade a outros assuntos na minha hora privada de exercícios. Preciso me lembrar de não fazer isso mais. Ajudar pacientes é importante, mas se eu não estiver bem, como os ajudarei? A única vantagem que tive hoje foi ver uma querida amiga e seu filho no almoço e começar a ler Clarice lispector "A paixão segundo G.H". Há uma parte legal em que ela fala de uma pessoa de três pernas que perdeu uma delas. A pessoa anda, mas a terceira perna é a que dava estabilidade, fazia um tripé. Acho que preciso reler essa introdução novamente. Meu amor (A.N.R) hoje se machucou no trabalho. Foi

Antologia Palatina - Possidipo de Pela

 “Que senda seguir vida a fora?  Na ágora, disputas e negócios difíceis;  em casa, preocupações;  no campo, fadigas de sobra;  no mar, assombro; no estrangeiro, se tens algo? Alarma.  Se estás mal de vida? Aflição.  És casado? Não te faltam cuidados.  Não o és? Vives muito sozinho.  Filhos dão trabalho;  sem eles, a vida se mutila;  a juventude é tola e a velhice fraca.  Há pois, só uma, entre duas opções: Ou não nascer jamais, ou morrer logo após o nascimento.”  (Possidipo de Pela) Tradução: RC Zarco